Que ano...
Que ano para mim.
E não é sobre o quanto eu construí ou sobre o quanto eu fiz, mas sobre o quanto aprendi.
Não é sobre grandes acontecimentos na minha vida, mas sobre as tempestades que houveram na minha mente quando ninguém mais podia ouvir.
Há quem não goste de tempestades. Elas são caóticas e desorganizam tudo,
Destrói coisas frágeis e sua intensidade pode destruir até o que você tinha por resistente.
Ela também pode tirar de você o que você ama.
Mas ela passa... E na calmaria há reconstrução.
Com o tempo aprendi a amar chuvas e trovões,
A agitação violenta do ar...
Ela carrega o efêmero e o perecível, mas depois vem a bonança.
As coisas frágeis já se foram e o espaço para o mais firme e permanente fica aberto.
Eu aprendi a causar minhas próprias tormentas.
Que ano...
E não é sobre coisas que eu comprei, ou sobre viagens a lugares que eu fiz,
É sobre o mergulho que eu dei para dentro de mim.
Hoje quase não posso ver a superfície...
E quem está lá no raso não pode me ver, nem me ouvir...
Dá medo, é meio solitário...
Mas devo voltar quando me encontro aqui?
Que ano...
E não é sobre as escolhas que eu fiz,
É sobre como enxergo hoje as coisas das quais sempre olhei.
Será que eu realmente as via?
Será que hoje verdadeiramente as contemplo?
Talvez fique para o próximo ano.
Que ano...
No próximo ano quero debater com você... (Que ano!) Ano maravilhoso ter conhecido uma pessoa tão inteligente e dedicada... Parabéns Lô!