Aparentemente, nada se pode aproveitar deste assunto. Parece uma discussão totalmente vazia e sem propósito, mas, permita-me viajar nas minhas loucas ideias e falar sobre este tema que parece simples e resolvido.
Estava eu participando de uma live de debates por estes dias sobre a metafísica de Deus. Em um determinado momento, o debatedor pediu para imaginar quando ainda era o "nada". Inevitavelmente eu soltei "não sei o que é o nada". Para alguns, isso causou surpresa. Para mim, isto me fez lembrar que as minhas viagens mentais não fazem parte do senso comum. Sendo assim, resolvi escrever sobre o assunto e expor meu pensamento.
No dicionário, nada significa não existência; o que não existe; coisa nenhuma. Se formos imaginar o nada, é bem possível que venhamos a imaginar um infinito preto. Isto pode representar o nada satisfatoriamente, no entanto, o nada é a inexistência de qualquer coisa, o que é inimaginável.
Quando eu era criança, achava que o nada era o espaço que não era ocupado por matéria visível e apalpável. Conforme fui crescendo e aprendendo, descobri que o ar também é matéria. Então passei a considerar que o nada é o vácuo do espaço. Esta ideia faz parte do consenso e é bem razoável, mas quando vamos para a física quântica descobrimos que o vácuo quântico contém uma quantidade mínima de energia, campos eletromagnéticos, gravitacionais e partículas virtuais interagindo entre si, ou seja, até mesmo no vácuo existe algo. A partir disso, vi que a questão não é tão simples e óbvia.
Do ponto de vista naturalista, o estado inicial do universo havia o que a ciência entende por singularidade. Esta partícula densa e quente passou a se expandir em um determinado momento, o famoso Big Bang, mas não se sabe dizer o que havia antes do início da expansão. É racional pensar que havia algo ao invés de nada, porque o nada absoluto não pode resultar em algo. Do mesmo modo, do ponto de vista monoteísta, o nada absoluto também não existe, pois concebe-se a ideia de que Deus é onisciente, onipresente e onipotente. Estes atributos de Deus elimina qualquer possibilidade do nada absoluto.
Por sermos seres racionais, é possível conceber o nada de forma abstrata. Também é possível conceber o nada a partir de um referencial, como ausência de matéria, tempo e espaço, mas, se considerarmos os pontos levantados, podemos inferir que o nada absoluto não existe e, se ele existe em alguma parte, por estar fora do plano da realidade, é como se não existisse, porque nele, tudo que é deixa de ser.
Qual a sua opinião a respeito?
Outro texto interessante!
" É racional pensar que havia algo ao invés de nada, porque o nada absoluto não pode resultar em algo. Do mesmo modo, do ponto de vista monoteísta, o nada absoluto também não existe, pois concebe-se a ideia de que Deus é onisciente, onipresente e onipotente. Estes atributos de Deus elimina qualquer possibilidade do nada absoluto."
Tomás de Aquino diz que Deus é imaterial, se ele fosse material dependeria de forma, sendo esta anterior a Ele, como não pode haver nada anterior a Deus, logo Ele é imaterial. Seria Deus algo? Seguindo seu raciocínio, só algo pode causar algo, logo Deus é algo. No pensamento tomasiano, o ser de Deus é a sua própria essência, mas nós,…
Salve Lô tudo bem?, gostei bastante do raciocínio, já pensei sobre isso e minha conclusão é de que existem tipos de "nada", o mais comentado deles, o nada absoluto, seria a ausência do tudo(tempo, espaço, matéria, energia, leis da física, leis da lógica) resumindo seria a não existência da realidade, esse nada claramente não existe já que que algo existe
Uma questão interessante que geralmente levantam é "porque existe algo ao invés do nada?", como se o nada fosse o estado natural da existência, mas indo mais afundo, quem definiu que o nada é o natural e o tudo é o especial?, me parece uma regra anterior da realidade, e como regra foi definida de que maneira?, porque eu não…
Apenas uma reflexão!
"Nada", por si só é afirmar a existencia de algo (Criador), ora, se nada existia e agora existe, logo é plausível afirmar que há um criador, conforme sua menção - Onipresente, oniciente e onipotente, sem presuposto científico. É obvio que a professora ciencias naturais dispõe de ingrediente para o estudo cientifico, dito isso, sempre tera uma ¹° fonte para o conhecimento. Sobre tudo haverá mistérios, e superá-los é a meta da ciência, ainda assim estará além do que compreendemos, pois o que não conhecemos há somente estatísticas e teorias.